Cinema (Queer Festival + Festa do Cine Frances) e Teatro (A Bíblia: Toda a Palavra de Deus (Sintetizada))

Depois de um aquecimento com Ratatui e com a ante estreia do "Ultimato" com Matt Damon, substituido por Next à ultima da hora, foi a vez de visitar o Festival de Cinema Gay e Lesbico de Lisboa.
2 filmes, 2 documentários sobre a homossexualidade no Brasil e Reino Unido, com histórias iniciadas nos anos 50 e 60. Novas estruturas familiares, estruturas tradicionais destruídas para que novas se formem...

1º Documentário: 1 Singularidades de Luciano Coelho (Brasil): um pedreiro, uma empresario, um porteiro, um artistas plástico, uma ex bailarina e travesti, todos homossexuais e proximos dos 50 anos. O que muda? Quais são as perspectivas? O que esperam de um relacionamento?


2º Documentário: Bob and Jack's 52 year adventure de Stu Maddux (EUA): em 1952 um sargento do exército foi apanhado a jeito e seduzido pelo seu comandante. 52 anos depois, Bob e Jack partilham com a camara os segredos da sua união: em como abandonaram mulheres e filhos, em como se mudaram para uma pequena cidade e começaram uma nova vida, e em como sobrevivem até hoje, ja na casa dos oitenta anos.

No final foi possível colocar questões aos realizadores.

Nota: ambas as sessões foram "Animadas" por risadas e gargalhadas. Diria que ou o público era maioritariamente constituido por hetero ou esta malta tem mesmo graça!
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Festa do Cinema Frances:
de 3 a 15 de Outubro decorreu também no S. Jorge, a festa do cinema frances. Aproveitando a presença da francesa do grupo, fomos ver 2 filmes:
Gradiva de Alain Robbe Grillet: cenários e ambientes cativantes (reviver marrocos) mas uma história com exageros sanguinários, mulheres rasgadas com facas e acorrentadas. Um deja vu de Madama Butterfly.

Le Quatrième morceau de la femme coupée en trois de Laure Marsac: fantástica fotografia mas história um pouco "bamba": uma trintona cheia de vitalidade está a aprender a conduzir (ela é loira ok?). Apesar de desejar profundamente consegui-lo, ela tem uma vida quotidiana e material (consequentemente com os automoveis) as dificuldades de uma sonhadora que nunca se adapta verdadeiramente ao mundo que a rodeia... 80% do filme passa-se num hipermercado onde a loira deixou as chaves no interior do carro. Sem dinheiro, sem telefone... angustiante. Pior só a historia da mae que conduzir a menos de 40km para não bater. Positivo: banda sonora.


- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Teatro
A Bíblia: Toda a Palavra de Deus (Sintetizada).
Aproveitando uns convites e indo um pouco às cegas, consegui ver uma das prestações do Tobias Monteiro, com que fiz o secundário...
É uma peça de 2h30 de risada permanente, passando em revisão os principais episódios narrados nos Livros Bíblicos, do Génesis ao Apocalipse. Notório é a inclusão de vivencias pessoias nas falas... o Tobias menciona a D. Irene que dava catequese na Batalha e no pai carpinteiro. Ambos existem (ou existiram).
Encenação de Juvenal Garcês na Companhia Teatral do Chiado


Proximo: Festival de Cinema Brasileiro e DOC.Lisboa

Estatuto de Observador no Avante

Como observador apenas no início.

Mal entro, o programa que julguei (que inocência) grátis custava 3 euros... é claro que tive de ouvir "é para ajudar o nosso partido, camarada!".
Alguns vestígios de capitalismo (KFC)... Mal começa o hino a loucura instala-se... as enormes filas para comer ou beber ficam vazias e começa tudo a dançar de forma tribal!


Muito alcool, tasquinhas soberbas. Deu para provar o verde de Sto Tirso, a poncha da Madeira (potente pontente), a ginga de Óbidos e os rojões.

Musica: soberba actuação de Jacinta (que adoro no Tributo a Bessie Smith), agora num tributo a Zeca Afonso. Mais tarde um concerto que soube a pouco - Blasted acompanhado com Guitarras! Fogo de artificio e estava a festa feita.

Agora visitantes há que sair para os nossos camaradas arrumarem tudo! Eram 23h e ainda havia uma banda num dos vários palcos (poesia, intervenção, pinturas, teatro...) que tocava "Maio maduro Maio".