and I wait the morning...

8.9.08

MOTELx


Entre o dia 3 e 7 de Setembro, no S. Jorge, decorreu o Festival Internacional de Cinema de Terror.
Oportunidade para, no dia de abertura, ver "A Morte do Tchaikovsky" (PT/2008) de Nuno Felix que conta uma versão sobre a morte do compositor, envolvendo o irmão.
No mesmo dia, após a curta de Nuno Felix, vimos "Doomsday" de Neil Marshall. Conta a história do Reino Unido que, para salvar parte do país do virus Ceifeira, é construído um muro, deixando os habitantes entregues ao seu destino. Passados alguns anos o vírus não ficou isolado e é necessário regressar à área isolada porque nesta permanece vida.
Um mistura de mad max, paisagens do Senhor dos Aneis e perseguições à 007. Terror nem vê-lo (apenas umas cabeças e outros membros cortados).
No dia 5 foi a vez de "À meia noite levarei sua alma" de José Mojica Marins (Brasil, 1964). Integrado no culto dos mestres vivos, contou com a presença do verdadeiro Zé do Caixão. Como o próprio disse "Vimos para alicercar a aliança do horror entre o Brasil e Portugal". Falou-nos da triologia, das vezes em que foi preso, da polémica do Brasil e do início do culto nos Estados Unidos. Quanto ao filme, mais que gritos de horror, foram sobretudo sorrisos e às vezes gargalhadas que se ouviram na sala 3.
História: Zé do Caixão aterroriza a devota população de um aldeia através da violação, mutilação e homicídio. Obcecado em gerar descendência com uma mulher “ideal”, Zé primeiro elimina a sua esposa, e em seguida lança o seu voluptuoso olhar sobre a noiva cigana de um amigo. Os horríveis crimes que se seguem irão despertar a ira de uma maldição cigana, que se abate sobre ele durante a celebração local do 2 de Novembro – o Dia dos Mortos. Este filme é geralmente considerado o primeiro filme de terror brasileiro. (fonte).
Como não podia sair insatisfeito - afinal não tinha visto um verdadeiro filme de terror - continuámos com o filme da 00h15 (já a hora arrepia!), "36 Pasos" antecedido da curta "Las Horas Muertas" de Haritz Zubillaga. Este fala de um grupo de 4 amigos que páram uma autocaravana à beira da estrada quando começam a ser atingidos por um atirador furtivo.
"36 Pasos", de Adrián García Bogliano, conta-nos a história de 6 raparigas recrutadas para uma espécie de big brother em que têm de cumprir as provas que lhe chegam por envelope. A fuga parece ser a saída... um carro a 36 passos de casa quando só podem dar 32, uma arma, o cão do vizinho dominado, uma faca, veneno para a comida. As provas sucedem-se, e começam-se a matar ao estilo de "Battle Royale". No final a única sobrevivente, juntamente com os corpos das 5 concorrentes, assistem à festa de aniversário de uma amiga de infância. Afinal o big brother era ela e toda a sua família! Valeu, isto foi terror, ainda por cima com low budget!

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